A Beija-Flor é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro. A escola de Nilópolis, na Baixada Fluminense conquistou seu 15º título em um ano de homenagem a duas figuras lendárias. Com o enredo Laíla de Todos os Santos, a escola de Nilópolis fez uma homenagem ao diretor de carnaval Laila, que morreu em 2021, após uma vida de contribuição à própria escola e ao carnaval. O desfile também marcou a despedida de Neguinho da Beija-Flor como intérprete oficial da escola, após 50 carnavais. A missão dupla ficou a cargo do carnavalesco João Vitor Araujo. Rio de Janeiro (RJ), 03/03/2025 – O desfile também marcou a despedida de Neguinho da Beija-Flor como intérprete oficial da escola, Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil - Tomaz Silva/Agência Brasil Em segundo lugar ficou a Grande Rio, que trouxe para a avenida o enredo Pororocas Parawaras — As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós, um mergulho nas águas misteriosas do estado do Pará. Logo atrás
Após a polêmica envolvendo as regras de aceite apenas de pessoas do sexo masculino cisgêneros para participar do desfile de carnaval do tradicional bloco de afoxé Filhos de Gandhy, em Salvador, a agremiação soltou um comunicado na noite desta segunda-feira (24), retirando a exigência. "Estamos sempre dispostos ao diálogo respeitoso e à reflexão sobre como manter nossas tradições vivas, ao mesmo tempo em que acolhemos as discussões da sociedade", diz trecho da nota publicada em uma rede social. Inicialmente, a agremiação proibiu a participação de homens trans em seu desfile. A proibição constava em comunicado entregue aos associados durante a retirada das fantasias e citava o artigo 5º do estatuto social, que dizia que apenas pessoas do sexo masculino cisgênero poderiam ingressar na associação “Nesse sentindo, recolhemos o termo de aceite e onde consta a palavra masculino cisgênero, passando apenas a constar do sexo masculino”, segue a nota. Em razão do episódio, o Ministério Público da Bahia
"Flores em vida são fundamentais". O pesquisador e produtor Pedro Rajão e o muralista Cazé, do projeto Negro Muro, têm seguido essa máxima no trabalho de colorir as ruas e galerias com grafites de personalidades e intelectuais negros e negras. Elza Soares, Paulinho da Viola, Zezé Motta, Alcione e Leci Brandão são alguns dos homenageados em vida que puderam conhecer seus murais. No último sábado (18), o projeto deu mais um passo com a conclusão de um trabalho marcante: um grafite de 600 metros quadrados da escritora Conceição Evaristo no coração da Pequena África, na zona portuária do Rio de Janeiro. “O trabalho foi árduo. Por se tratar de verão escaldante e em altura, com diversos equipamentos de segurança, numa estrutura de ferro, a temperatura era alta, fora as semanas seguidas de chuva e vento do final de 2024 e início de 2025, que atrasaram demais o início do trabalho. Mas
A casa da tia Sandra era um dos melhores lugares do mundo para o menino recifense Thiago Santos. Por um motivo simples: ela era a única da família com emprego fixo. A avó teve dez filhos. Mas era na casa de Sandra, na cidade de Abreu e Lima, que tinha um espaço “raro”: o banheiro. A estrutura da casa e o saber dela fizeram brilhar os olhos de Thiago, então morador da favela de Frei Damião, na mesma cidade da tia. Sandra havia cursado magistério e conseguido trabalhar como professora. O sonho do menino, então, ganhava o contorno de uma casa, mas também de uma sala de aula. O garoto pensou, então, que queria ser professor para também ter um dia direito a essa dignidade. “Atualmente, eu quero continuar a ser docente para que todos possam ter banheiro em suas casas e muito mais”, diz Thiago, hoje aos 31 anos, que